
Politécnico de Leiria cria biblioteca braille

O Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) do Politécnico de Leiria criou uma biblioteca em braille, situada na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS). A biblioteca, com o mote “Mãos que leem” será única no país, pela particularidade de integrar obras de vários géneros, e conta com o apoio do Lions Clube de Leiria. A biblioteca será dotada com novos títulos mensalmente.
Célia Sousa, coordenadora do CRID, explica que «queremos disponibilizar um espaço em braille que englobe não só obras técnicas, que é o que geralmente acontece – incluídas numa biblioteca “normal”– , mas também romances e outras obras, para que a comunidade cega possa ter uma verdadeira biblioteca, diversificada e com opções para todos os gostos e necessidades». «Queremos fazer a diferença, não só para que a população em geral se ponha no lugar da pessoa com deficiência, mas essencialmente para que este público possa ter acesso às mesmas opções culturais que a restante população».
35 obras em braille até ao final de 2017
A professora e investigadora da ESECS conta que «imprimir em braille é muito dispendioso, pelo que contar com o apoio do Lions Clube de Leiria é essencial para a continuidade deste projeto, porque além dos recursos humanos e das competências necessárias à adaptação do livro, há outros custos, nomeadamente o papel e impressores específicos. Este será com certeza um dos impedimentos para a editoras editarem obras em braille, o que condiciona muito as opções das pessoas cegas». O objetivo passa por adaptar pelo menos uma obra por mês para integrar a biblioteca, até ao final do ano de 2017, o CRID espera ter 35 obras disponíveis na biblioteca.