Investigação do Politécnico de Leiria para caracterização da Doença Celíaca em Portugal premiada pela Maratona da Saúde

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A investigação “CeliAct – Doença Celíaca: caracterizar para tratar”, desenvolvida por Sónia Gonçalves Pereira, investigadora do Centro de Inovação em Tecnologias e Cuidados de Saúde (CiTechCare) da Escola Superior de Saúde do Politécnico de Leiriarecebeu um dos prémios científicos atribuídos pela 5.ª edição da Maratona da Saúde, na área das Doenças Autoimunes e Alergias, pela primeira vez atribuído a um politécnico. Estes prémios são atribuídos em parceria com a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) que proporciona o apoio logístico necessário ao processo de candidatura, divulgação e distribuição pelo júri.

O projeto “CeliAct” pretende caraterizar a Doença Celíaca em Portugal, criando um biobanco de amostras de soro e fezes de doentes celíacos e dos seus familiares para estudar as porções imunogénicas do glúten, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de um tratamento que proteja os doentes celíacos do ataque errado ao seu sistema imunitário quando estimulado pelo glúten. A Doença Celíaca é um modelo específico de doença autoimune, por ser a única em que se conhece o seu ‘gatilho’, o glúten (presente no trigo, centeio, cevada e aveia), e também a única em que os doentes ficam totalmente assintomáticos se eliminarem por completo este componente das suas dietas, ou seja, deixando de consumir pão, massa, bolos, bolachas, entre outros alimentos. Contudo, só 10% das pessoas com o gene para a doença a desenvolvem e, mais impressionante ainda, algumas pessoas geneticamente suscetíveis têm até anticorpos positivos para a doença mas não ficam doentes ao ingerirem glúten. Tais evidências sugerem que os microorganismos que habitam o nosso intestino (a microbiota intestinal) podem ter um papel muito relevante na doença.

 


MARATONA DA SAÚDE

Além de Sensibilizar para as principais doenças que ainda não têm cura e mostrar aos portugueses que a ciência traz esperança, a associação Maratona da Saúde investe na investigação científica para acelerar a descoberta de tratamentos inovadores e a cura de várias doenças. O financiamento dos Prémios Maratona da Saúde em Investigação Biomédica provém de fundos angariados durante o espetáculo solidário, transmitido pela RTP, bem como de outros donativos obtidos através de iniciativas realizadas pela associação e da colaboração de empresas, ao longo da edição.