A Música dos Planetas dá tema a Concerto/conferência inéditoMusicaCiencia_site_14_3_2019

No âmbito do programa “Música e Ciência”, um projeto promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em parceria com a AMEC|Metropolitana, realiza-se o Concerto/Conferência “A Música dos Planetas”, no próximo dia 19 de março, pelas 15h00, no auditório 1 da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria

Esta iniciativa inovadora junta em palco a música e a ciência, contando com atuação da Orquestra Metropolitana de Lisboa e com a intervenção do conferencista Carlos Fiolhais (Professor de Física da Universidade de Coimbra).
A entrada é livre e aberta a todos os interessados.

 

MAIS INFORMAÇÃO

 

PROGRAMA MUSICAL

Direção Musical: Marco Fernandes

Gustav Holst (1874-1934) – 6 andamentos da suíte Os planetas, Op. 32 (1916 / Transcrição para orquestra de percussão de Scott Weatherson)

I. Marte, o mensageiro da guerra

II. Vénus, a mensageira da paz

III. Mercúrio, o mensageiro alado

IV. Saturno, o mensageiro da velhice

V. Urano, o mágico

VI. Júpiter, o mensageiro da juventude

 

 


 

A MÚSICA DOS PLANETAS – SINOPSE 

No século XVII o astrónomo Kepler falou da “música das esferas”, procurando ligações entre a arte musical e os planetas do sistema solar, mas a música e os astros nunca estiveram tão perto como em “Os Planetas,” a suíte em 7 andamentos que é a mais célebre composição do inglês Gustav Holst (1874-1934). Escrita durante a 1.ª Guerra Mundial, entre 1914 e 1916, o seu motivo são os 7 planetas do sistema solar conhecidos na época, além da Terra (Plutão, descoberto em 1930, foi planeta até 2006, quando foi relegado para planeta anão). A estreia da composição, para uma audiência privada, ocorreu em 29 de Setembro de 1918, no Queen’s Hall, em Londres, a lendária sala que haveria de ser destruída na 2.ª Guerra Mundial, mas a primeira execução pública foi há cem anos, em 27 de Fevereiro de 1919. As composições de Holst, influenciadas por autores seus contemporâneos como Stravinsky e Schoenberg, são associados ao modernismo: Tal como as pinturas de Kandinsky, procuravam distanciar-se de formas clássicas de beleza. A harmonia é, nas peças de música modernistas, toldada pela dissonância, transmitindo emoções de um modo forte e por vezes surpreendente.

Hoje, após termos enviado diversas sondas a todo o sistema solar, sabemos muito mais sobre os planetas do que se sabia no tempo de Holst. Mas a sua poderosa música continua merecedora da nossa atenção, já que as emoções veiculadas pela arte são intemporais.