O Politécnico de Leiria, através do CDRsp, é parceiro do Projeto Europeu HydroZONES para Regeneração da Cartilagem

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O Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado de Produto (CDRsp) do Politécnico de Leiria contribui com impressoras para um dos maiores projetos europeus na área de engenharia de tecidos, o “HydroZONES”. Este projeto surgiu em 2013, e após quatro anos o objetivo de desenvolver substitutos inteligentes de cartilagem, que imitem a complexidade do tecido natural com base na compreensão da distribuição zonal da cartilagem natural, foi alcançado e está concluído.

A mimetização da investigação já foi realizada em ratos e porcos pequeninos e agora passa para os cavalos, não sendo ainda possível testar a mesma em humanos, devido aos ensaios clínicos específicos necessários. 

A auditora da Comissão Europeia acredita no futuro deste projeto, que teve um investimento de 13,2 milhões de euros e um financiamento de 9,7 milhões de euros, considerando que «poderia haver um Hydrozone 2.0», com a fluidez a que o processo está a avançar há uma grande possibilidade de chegar rapidamente a um ensaio pré-clínico.

Pedro Morouço, investigador do CDRsp envolvido neste estudo, afirma que os problemas de cartilagem afetam cerca de 250 milhões de pessoas em todo o mundo e estão maioritariamente ligados à obesidade. Em janeiro, Pedro Morouço submeteu um projeto no âmbito do Horizon 2020 na área de regeneração dos tecidos, ”4D bioprinting”.

Neste momento existem três impressoras do CDRsp em duas instituições europeias do consórcio, e uma na Austrália: a adaptação do equipamento permite mimetizar a cartilagem de uma pessoa, uma vez que ela é bastante complexa. A ideia é desenvolver um sistema suscetível de reprodução em polímero e vários hidrogéis no mesmo ‘scaffold’ (estrutura que permite vários encaixes).

O Politécnico de Leiria disponibilizou-se para assumir a liderança do projeto.