Conservação dos Ecossistemas Marinhos

MEGAMOVE foi aprovado como Ação da Década do Oceano pela UNESCO

Consórcios Internacional para a conservação dos ecossistemas marinhos

Trata-se de uma iniciativa científica global que reúne centenas de investigadores de ecologia espacial de espécies marinhas de todo o mundo, para a conservação dos ecossistemas marinhos através da mitigação estratégica de ameaças globais, sustentada num esforço científico universal e multidisciplinar, incluindo disciplinas como a ecologia do movimento, modelagem ecológica, física estatística, oceanografia, direito marinho e ciência de dados computadorizados. Falamos do MegaMove, um consórcio internacional integrado pelo investigador do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente do Politécnico de Leiria, André Afonso, e que viu aprovada a sua candidatura a Ação da Década do Oceano, pela UNESCO.

O MegaMove teve início em 2020 e a sua primeira iniciativa passou por reunir e compilar dados de movimentação de dezenas de espécies marinhas, obtidos por investigadores de todo o mundo, estando os mesmos a ser analisados para entender de que forma a atividade antropogénica pode influenciar o comportamento dessas espécies e como a conservação das mesmas pode ser otimizada com a informação ecológica recolhida. No âmbito desta ação, o investigador do MARE – Politécnico de Leiria assumiu um importante papel ao nível da recolha e compilação dos dados de movimentação do tubarão tigre no Atlântico Sul.

Nota de Imprensa

Uma outra iniciativa do MegaMove passa por identificar e quantificar as diferentes ameaças que colocam estas espécies marinhas em risco, por forma a guiar estratégias de conservação eficazes. «Estes projetos e ações que se encontram a decorrer gerarão informação essencial para apoiar medidas de gestão que possam garantir a sustentabilidade dos ecossistemas marinhos e a conservação da biodiversidade, contribuindo assim para que a sociedade possa usufruir de mares mais saudáveis e equilibrados, o que é imprescindível se quisermos continuar a utilizar os oceanos como fonte de alimento», explica André Afonso, que destaca a importância do trabalho em rede para a conservação da megafauna marinha.

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André Sucena Afonso – Investigador MARE-IPLEIRIA. Grupo de Investigação: Sistemas Costeiros e Oceano