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ESAD.CR

Bakkhai de Anne Carson

2º ano de Teatro

TEATRO
31 DE JANEIRO E 1 DE FEVEREIRO DE 2024 , 21H30
SALA 16 (BLACKBOX) EP2 – ESAD.CR

Representada pela primeira vez em 405 a.C., esta é uma das mais célebres tragédias de Eurípides, o último dos três grandes tragediógrafos gregos. A peça tem lugar em Tebas, onde se desconfia dos cultos trazidos por esse estrangeiro, o deus Dioniso, também conhecido como Baco, deus do vinho. Ofendido, o deus dirige-se à pólis para se impor, mas também para punir quem o renegou, a sua família. A vingança começa pelo soberano da cidade, Penteu.
Eurípides reinventou a tragédia grega, as suas peças quebraram todas as regras, derrubaram convenções e indignaram os críticos conservadores. Bacantes é considerada a sua peça mais subversiva, pois conta a história de um homem que não consegue admitir que prefere viver na pele de uma mulher, e de um deus que parece combinar todas as sexualidades numa única exigência ruinosa de adoração. Apresentamos a versão da poeta e classicista, Anne Carson, “Bakkhai”, traduzida pelo professor Miguel Castro Caldas e com direção da professora Maria Gil.

FICHA TÉCNICA

Direção: Maria Gil
Versão: Anne Carson
Tradução: Miguel Castro Caldas
Direção de cena: Maria Ferreira e Simão Pereira
Comunicação: Diana Cunha, Rita Trovão e Hugo Rodrigues
Cenografia: Coletivo
Figurinos: Carolina Bonixe e Joana Afonso
Maquilhagem e cabelos: Rafael Frias e Cristiana Branquinho
Sonoplastia: Luana Fernandes e Hugo Rodrigues
Design de Luz: Diana Cunha e Diogo Fragoso
Design de Cartaz: Laura Comendinha
Operador de som: Gonçalo Almeida
Operador de Luz: Francisco Paixão
Fotografia: Pedro Cá

Processo de trabalho:

A partir do texto de Anne Carson desenvolvemos um trabalho colaborativo entre turma e professores.
Lemos a versão de Eurípedes, lemos a versão de Anne Carson, discutimos a tradução do professor Miguel Castro Caldas para nos lançarmos na cena e criar a versão – de hoje.
O nosso trabalho teve como ponto de partida, a dramaturgia do ator em cena, e fizemos várias improvisações, na procura da fisicalidade, da voz, do sentido de cada personagem. Várias questões se levantavam à medida que o processo avançava e havia sempre problemas para resolver, mas o trabalho colaborativo permitiu o pensar junto e encontrar soluções coletivamente. Foi desafiante e compensador. para o nosso processo de aprendizagem enquanto alunos de teatro.

Especulação à parte, precisamos todos de uma pré-história. Segundo Freud, tudo o que fazemos é repeti-la. Os começos são especiais. Porque são quase todos falsos. A pessoa nova em que te tornas já lá estava, com esse primeiro golo de vinho.

Quem me dera ser dois cães e assim podia brincar comigo (nota da tradutora sobre Bakkhai de Eurípedes) de Anne Carson

Notas Biográficas:

Carolina Bonixe (Moita, 2003): Estudou piano e canto no conservatório regional de artes do Montijo. Em 2021, participou, como atriz, na a ópera, “Dido e Eneias. Em 2023 encenou a peça, “O Atelier” para o Caldas Late Night.

Cristiana Branquinho (São Miguel, 2003): Estudou artes visuais na Escola Secundária Antero de Quental, em São Miguel. A dança sempre fez parte da sua vida. A representação entrou na sua vida quando participou no filme “Lobo e cão” de Cláudia Varejão. É professora de dança nas Caldas da Rainha.

Diana Cunha (Cela Velha, 2003): Concluiu o curso profissional de Esteticista no Colégio Externato Dom Fuas Roupinho na Nazaré. Desde muito nova que tem uma grande paixão pelo teatro e está a realizar um dos seus sonhos, estudar teatro na ESAD.CR. Participou como figurante na telenovela “Amor Amor” da SIC.

Diogo Fragoso (Sintra, 2003): Concluiu o curso de Artes Visuais na Escola Secundária Ferreira Dias, em Sintra, onde participou no Clube de Teatro da escola. Desde então procurou as artes performativas como carreira.

Hugo Rodrigues (Marinha Grande, 2003): A sua família está ligada artes, tendo este seguido a arte do teatro.

Joana Afonso (Faro, 2004): Estudou Artes Visuais na Escola Secundária de Vila Real de Santo António, no Algarve. Gosta de fazer peças de cerâmica, coser, pintar e desenhar.

Luana Fernandes (Caldas da Rainha, 2002): Integrou o grupo de teatro amador dirigido por Tânia Leonardo. Participou no musical, “A filha de Jerusalém”, de Samuel Esteves, e no projeto Odisseia Nacional, organizado pelo Teatro Nacional D. Maria II, com a leitura encenada, “Viagens por mim terra” de Venâncio Calisto. Escreveu, encenou e participou na peça, “O atelier” apresentado no Caldas Late Night.

Maria Ferreira (Tondela, 2003): Estudou teatro na JOBRA – Escola Profissional de Artes Performativas, em Branca. Entre os 13 e os 16 anos fez ballet. A sua família sempre esteve diretamente ligada com as artes performativas, mas o seu amor pela representação surgiu durante uma formação de verão, na ACERT, quando tinha 8 anos.

Rafael Frias (Vila Franca de Xira, 2004): Completou o ensino secundário na Escola Básica e Secundária Prof. João Fernandes Pratas, Samora Correia. Pratica Judo á mais de 13 anos e gosta de maquilhagem, videojogos e artes plásticas. Rita Trovão (Porto de Mós, 2004): Sempre esteve ligada às artes, frequentou 3 anos de Acrodance, tendo participado no World Dance Cup. Frequentou aulas de teatro no Leirena Teatro. Simão Pereira (Mira de Aire, 2003): Frequentou o curso de Gestão de Equipamentos Informáticos. O seu interesse pelas artes é recente. Escreveu, dirigiu e realizou, em conjunto com outros jovens, a peça de teatro, “Trouble on Mount Olympo”, apresentada em, na Alemanha, onde realizou um intercâmbio.