2017_01_18 - Prémio Doutor Carlos RibeiroCarlos Ribeiro, professor no Departamento de Engenharia Eletrotécnica da ESTG e Eduardo Castaneda, ambos investigadores do Instituto de Telecomunicações, formam uma das equipas vencedoras do programa Carnegie Mellon Portugal Entrepreneurship in Residence (inRes) 2016, com um modelo de negócio de base tecnológica, focado em links avançados sem fios para veículos profissionais remotos.

Carlos Ribeiro e Eduardo Castaneda identificaram uma necessidade nos veículos terrestres e aéreos não tripulados/autónomos (UAV/UGV). A maioria dos produtos profissionais utilizam links sem fios, baseados em WiFi, para a comunicação em tempo real com os veículos remotos, embora o WiFi não consiga cumprir vários dos requisitos necessários, como a alta mobilidade, o alcance e a mitigação da interferência.

«Construímos um modelo de negócio para uma startup que desenvolve links sem fios avançados, direcionados aos segmentos UAV/UGV profissionais. A nossa tecnologia responde efetivamente às necessidades identificadas», destaca Carlos Ribeiro. «Estas ligações sem fios são adaptáveis aos requisitos dos clientes, e desafiam os limites do que está atualmente disponível no mercado, já que permite que novas aplicações transmitam enormes quantidades de informação em tempo real», justifica o docente da ESTG.

O programa inRes visa promover ideias inovadoras em Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), potencia a aceleração das ideias até ao mercado, possibilitando a criação de novas empresas de base tecnológica. Este programa proporcionou aos investigadores um período de formação em Portugal, seguido de um período de imersão de sete semanas nos Estados Unidos da América, ancorado nos campi da Universidade de Carnegie Mellon, em Pittsburgh e Silicon Valley.

Num futuro próximo, os dois investigadores do Instituto de Telecomunicações estão a diligenciar os procedimentos necessários para avançar com uma empresa de base tecnológica, de forma a implementar o novo modelo de negócio, ao qual dedicaram quatro anos de investigação. «Em dois anos esperamos ter o produto disponível no mercado nacional e internacional. O período em que estivemos nos EUA permitiu-nos validar as necessidades do mercado e obter um conhecimento aprofundado dos requisitos dos clientes deste país», remata Carlos Ribeiro.