Politécnico de Leiria Lança Estrutura para Enriquecer Região de Leiria e Oeste

Território

Politécnico de Leiria Propõe Estratégia de Desenvolvimento Para a Região de Leiria e Oeste

O Politécnico de Leiria acaba de lançar uma estrutura de missão para desenvolver a Região de Leiria e Oeste, através do enriquecimento do território e da promoção da qualidade de vida dos seus habitantes. «Pretendemos alinhar a estratégia de formação e investigação científica e desenvolvimento do Instituto Politécnico de Leiria com as reais necessidades de todo o nosso território. Depois de perceber a realidade e as necessidades, vamos responder-lhes», esclarece o presidente do Politécnico, Carlos Rabadão.

A iniciativa, pioneira em Portugal, foi lançada no dia 14 de abril na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria e enquadra-se na estratégia intitulada ‘Universidade para a Região’.

A Estrutura de Missão para o Desenvolvimento do Ecossistema de Leiria & Oeste (EM@IPLeiria) tem 24 grupos de trabalho, envolvendo 24 municípios e as respetivas comunidades intermunicipais, e irá, em fevereiro de 2024, apresentar uma pipeline de projetos piloto para validar as soluções encontradas para os problemas identificados no território. A ideia é então escalar os bons resultados.

O objetivo, explica o presidente do Politécnico, é «no final da primeira fase dos trabalhos, a estrutura de missão ter uma estratégia bem definida para podermos trabalhar nos próximos dez anos, no sentido de transformar as nossas regiões em regiões com uma melhor qualidade de vida, e com capacidade de captação de estudantes».

No terreno até 2034, estes projetos serão executados de forma a criar uma estratégia comum «Vamos cruzar os pontos fortes e as fraquezas com as oportunidades. A dada altura, vamos transformar estes vetores estratégicos em ações concretas que podem criar riqueza», refere o Coordenador da EM@IPLeiria, Agostinho Silva.

O responsável congratula-se com esta iniciativa, e observa a existência de uma proximidade à realidade do território de influência do Politécnico. «Muitas vezes, o problema das políticas é que não ouvem os atores de baixo. Funcionam muito numa lógica top down. A nova presidência do Politécnico tem uma postura diferente: ou nós começamos de baixo para cima ou as pessoas não aderem. Isto começou bem, porque começámos por perguntar às pessoas quem quer trabalhar connosco».

A EM@Leiria envolverá mais de 500 pessoas, de mais de 400 organizações, de 24 municípios das comunidades intermunicipais de Leiria, do Oeste e os territórios de Soure e Ourém, entre empresários, professores, investigadores, membros de organizações da área da saúde, do comércio, instituições educativas, sociais e culturais, e muitos outros parceiros externos da sociedade civil que conhecem bem o território.

Para o sucesso da iniciativa, assinala o anterior secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, responsável pelas áreas da Economia e Transição Digital no Governo, e parceiro na iniciativa, «é necessária uma estratégia comum que seja mais do que o somatório das estratégias individualizadas».

Com a EM@IPLeiria, o Politécnico pretende contribuir para inverter a tendência de perda de população vivida na região. «Sabemos que as pessoas fixam-se onde é gerada riqueza, onde há qualidade de vida. É esse o nosso desafio para a próxima década», conclui o presidente da instituição, Carlos Rabadão.