“À ESPERA DO SOL” — Desenhos de João Honório

 Campus 5 — Hub Saúde | Até 30 de junho de 2022

O Politécnico de Leiria acolhe a exposição “À espera do sol”, composta por desenhos da autoria de João Honório. Desenvolvido em contexto de pandemia, o autor refere que este é um trabalho “sem outra intenção que não aquela de assinalar esse tempo, esperando que todos facilmente o entendam.” A exposição estará patente até 30 de maio de 2022, no Campus 5 do Politécnico de Leiria (Hub Saúde).

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“Este meu trabalho foi realizado ao longo de um ano particularmente duro para todos, pontuado pelas notícias veiculadas pelos órgãos de informação, num bombardeamento sistemático e assustador, suscitado por uma Pandemia desconhecida que foi ceifando vidas indiscriminadamente, obrigando a um isolamento e a cuidados extremos. Portugal não foi excepção. 

Assim, fiz o trabalho possível nestas circunstâncias difíceis sem outra intenção que não aquela de assinalar esse tempo, esperando que todos facilmente o entendam.  

São cores e linhas sobre papel, algumas palavras e notas escondidas, imagens avulsas de um tempo que queremos que venha rapidamente a terminar. Um mundo novo surgirá sem dúvida, e nada mais será igual. A esperança renascida triunfará e a alegria há-de voltar a brilhar e a animar os nossos passos. De novo a vida há-de vencer e o desenho encontrará outros horizontes.”

João Honório

Nota biográfica

João Manuel Barrela Honório da Silva nasceu em Lisboa a 13 de Julho de 1948.

Formou-se em Escultura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Bolseiro em Londres, onde concluiu os Advanced Studies of Art.

Exerceu funções de professor na Escola José Tagarro de 1974 a 1991. Paralelamente, desenvolveu parte das suas atividades em pedra nas oficinas dos Mármores de Portugal (Cartaxo).

Colaborador do Atelier/Museu António Duarte desde a sua fundação. Lecionou desde 1992 (por concurso público) na Escola Superior de Arte e Design/ESAD das Caldas da Rainha. Aposentou-se do ensino em 2005.

Membro fundador do Novo Grupo dos Artistas Caldenses * (1982) e do que lhe sucede Grupo 6 (1984 – constituído também por António Vidigal, Antonino Mendes, Concas, Helena Mendonça e João Fragoso).

Desde 1964, apresenta as suas obras em diversas instituições e executa trabalhos em artes plásticas (pintura e escultura), publicidade e design.

Merece destaque a sua presença na III Exposição dos Artistas Caldenses, no Museu de José Malhoa (Caldas da Rainha, 1983), na Galerie d´Art Jacques Goupil (Alençon, França, 1983), na Exposition d´Artistes Portugais/Galerie Condillac (Bordéus, França, 1984), no Museu Luís de Camões (Macau, 1985), onde está representado. Exposição coletiva com artistas estrangeiros do atelier Moldetegui (Anglet, França, 1986), no Salão de Outono de Biarritz (França, 1986), no I Simpósio Internacional de Escultura em Pedra no Atelier Museu António Duarte (Caldas da Rainha, 1986). Participação nas II, III e IV Bienais de Escultura e Desenho de Caldas da Rainha (1987, 1989 e 1991) e na I Mostra de Escultura de Ar Livre (Amadora, 1988), bem como no Salão de Outono (Fórum, Santarém, 1988). Grupo 6/Galerie du Cloitre (Bayonne, França 1989), a convite do Consulado Geral Português. Galeria Ara/Escultura (Lisboa, 1989). Em 1990, realiza a medalha do centenário da EPC (Escola Prática de Cavalaria, Santarém) e expõe também na Galeria Almada Negreiros (da Secretaria de Estado da Cultura, Lisboa), no Museu Condes Castro Guimarães (Cascais), Museu de Aveiro, Museu de Setúbal, Museu da Figueira da Foz e Museu Grão Vasco (Viseu). Simpetra, Galeria Osíris, Caldas da Rainha (1992). I Simpósio de Escultura em Ferro, Abrantes (1996). Executa monumento de homenagem ao professor Eliseu, S. Martinho do Porto. Grupo 6 / Oliva (Espanha, 1996). Artista convidado na exposição 25 de Abril, 25 Anos, 25 Artistas, na Galeria Respública (Santarém, 1999).

Pela Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses A Descoberta do Brasil – 500 Anos, Casa dos Bicos (Lisboa, 2000), exposição de que foi feita itinerância.

Executa medalha do cinquentenário da Escola de Sargentos das Caldas da Rainha (2003).

Tributo a Rafael Bordalo Pinheiro (centenário da morte), exposição de desenhos críticos da sociedade actual portuguesa e lançamento do livro com o mesmo nome (Galeria Osíris, Caldas da Rainha, 2005).

Em 2008, exposição de desenho e lançamento do livro Preto no Branco, crítica da política actual portuguesa na Livraria Barata (Lisboa) e apresentação do mesmo, na Fundação Passos Canavarro (Santarém).

Exposição coletiva Artes na Alcáçova na Casa-Museu Passos Canavarro (Santarém, 2012).

Exposição de desenho e lançamento do livro Portugalos, crítica da sociedade política portuguesa no Museu de José Malhoa (Caldas da Rainha, 2013).

I Exposição de Antigos Alunos da E.A.D.A.A. na Galeria Projecto (Sesimbra, 2015). Exposição de desenho na Galeria do Centro Cultural Elvino Pereira (Mação, 2016). Exposição coletiva no Fórum Mário Viegas (Santarém, 2017).

Está representado em museus e coleções particulares no país e no estrangeiro. Tem obras públicas em Caldas da Rainha, Abrantes, Manique do Intendente, Cartaxo, S. Martinho do Porto, Bárrio/Alcobaça e Lisboa.

*Fundadores: Concas (pintora), Antonino Mendes, João Honório, António Vidigal (escultores) a que outros se lhes juntaram como artistas convidados. Grupo que desde cedo foi embrião do movimento impulsionador e congregador da vontade firme que teve o seu epílogo na criação da ESAD de Caldas da Rainha.

 

Ficha Técnica:

Programação
Samuel Rama

Produção
Sónia Gonçalves

Fotografia
Marcos Paixão

Design gráfico / Comunicação
Francisco Moreira