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ESAD.CR
© Alain Cavalier, 24 Portraits, 1987

CINEMA DOCUMENTAL
Filmar o Outro – o cinema como relação

João Rosas

RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS DO MESTRADO EM ARTES DO SOM E DA IMAGEM_ESAD.CR EM PARCERIA COM A ASSOCIAÇÃO CULTURAL OSSO_3ª EDIÇÃO_2024
22 – 26 DE ABRIL DE 2024
INSTALAÇÕES DA OSSO, ALDEIA DE S. GREGÓRIO, CALDAS DA RAINHA

A presente proposta nasce da crença no poder e na pertinência do cinema nos tempos que correm, em que o individualismo e a atomização parecem ter quebrado ligações entre as pessoas.
O cinema não é apenas uma máquina de contar histórias. É antes de mais uma máquina de curiosidades que nos convida, desde a sua génese, a olhar de frente o mundo e quem o habita. Se acreditarmos nele, veremos como só o cinema nos permite criar certas relações que de outra maneira não existiriam.
É essa uma das suas riquezas, senão a maior – a possibilidade que nos dá de descobrirmos o Outro, e nesse movimento de aproximação e questionamento, descobrirmos o nosso próprio lugar no mundo ao descobrir como filmá-lo. Aceitemos, pois, o seu convite, de braços e olhos bem abertos, de câmara e microfone em riste, para ao longo de uma semana tentarmos dar corpo a um (esboço de) filme-mosaico colectivo que seja um retrato da aldeia de São Gregório e das pessoas que lá vivem e trabalham.

JOÃO ROSAS (Lisboa, 1981) é autor de três livros de contos e de filmes como “A Minha Mãe é Pianista” (2005), “Birth of a City” (2009), “Entrecampos" (2012), “Maria do Mar” (2015), estreado em Locarno e premiado em Portugal, Espanha e Brasil, e “Catavento” (2020), que ganhou o prémio de Melhor Curta-Metragem do BAFICI 2021 e uma Menção Especial do Júri no 18º Festival de Brive. O seu último filme, “A Morte de uma Cidade”, ganhou o Prémio DocAlliance para melhor longa-metragem. Acaba de concluir a sua primeira longa-metragem de ficção.



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