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O Mar é a Terra – sessão 2

Acesso ao evento – https://europa.zoom.us/j/88518619469?pwd=ZjVST1Q1cTVxYnk4bVlocGxGL1JmQT09

A TEXTURA NAS MARGENS

Ínsula, de Luana Portella, 2018
Filme sóbrio e íntimo, que nos mostra o confinamento como lugar de reflexão sobre a liberdade. Luana Portella acompanha o processo artístico de Catarina Fragueiro, jovem artista e estudante de Artes Plásticas que reflete sobre os significados que transformam o mundo enquanto nos guia pelas margens do seu trabalho no atelier.

Miradouro, Carlota Flor, 2018
Viagem de descoberta implacável do corpo lugar. O filme começa com a câmara suja e o som abafado do motor de um carro que se transforma em voz e som de mar. Descobrimos que nós nos pés do outro caminhamos para o mar e regressamos pendurados no corpo do outro. Nós como corpo na câmara sentimos o mundo muito próximo, como textura áspera, sensual e preso ao corpo. O filme fala sobre um corpo lugar e sobre o lugar que ocupa. Do corpo miradouro observamos os outros.

BILDVISNINGEN, Nuno Braumann, 2018
Filme silencioso sobre o tempo ou a demora entre paisagens.

De Gente Se Fez História, Inês Vila Flor, 2017
Filme documentário sobre a vida em terra da comunidade das Caxinas, partindo de relatos familiares. Recorrendo ao cruzamento não linear de memórias gravadas, Inês Vila Flor acrescenta outra textura à narrativa deste lugar transformado pelo tempo. A imagem da rede embrulhada ou da corda no museu, ilustra a unidade que se constitui por tantas pessoas e tantas histórias habituadas à morte. Nas Caxinas, a Páscoa tem um significado profundo. História do que a imagem e o tempo podem fazer a uma câmara-corpo na mão.