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Luísa Passos – Aula Aberta
Luísa Passos
Licenciada em Artes Plásticas na ESAD.CR, em 2015 é convidada a integrar o “Grupo do Risco”, um coletivo de ilustradores, artistas e fotógrafos que utilizam o desenho, a fotografia e também o vídeo para a captação e sensibilização de novos públicos para questões prementes ao nível da preservação e recuperação do meio ambiente.
Desde 2019 colabora com o Projeto “Germinar um banco de sementes” projeto financiado pelo programa Bip/Zip, da Câmara Municipal de Lisboa, onde desenvolveu as ilustrações para o site de divulgação e promoção do projeto.
Em 2020 destaca a exposição “Esta noite”, que decorreu no Atelier do artista Pedro Cabrita Reis, com curadoria de João Ferro Martins, em que apresentou 23 cadernos de campo e 4 Desenhos de grande formato, destaca ainda a exposição “Grupo do Risco- 2007-2019”, patente ainda no Museu Nacional de História Natural e da Ciência. Esta exposição está integrada no programa LISBOA CAPITAL VERDE EUROPEIA 2020.
Colaborou também na edição do livro “Chão das Artes” – Jardim Botânico da Casa da Cerca, Centro de Arte Contemporânea, resultado de uma residência artística que decorreu ao longo do ano de 2021, com o apoio da CMA.
Ainda nesse ano é convidada pela direção do Museu Nacional de Arte Contemporânea a prestar depoimento sobre o seu processo criativo, no projeto “Depoimentos de Artistas”.
Neste momento encontra-se em residência artística, com o Grupo do Risco, na Herdade do Freixo do Meio que conta com mais de 580 hectares de área protegida, a fim de desenvolverem material artístico para futura edição e publicação.
Sobre o percurso no Desenho
Desde 2000 que tenho vindo a dedicar-me ao desenho de forma contínua e regular, por essa mesma razão os meus interesses pela disciplina foram diversificando ao longo dos anos.
Se numa fase mais distante o meu interesse recaía sobre a ilustração, seguiram-se outros momentos em que me vi a explorar exaustivamente os elementos da linguagem visual, resumindo e sintetizando linhas e manchas na folha branca.
Depois de muitas séries neste padrão de pensamento, voltar a estender o meu campo de trabalho tornou-se absolutamente necessário e chegada a este ponto, a inclusão da disciplina de ilustração científica foi determinante. Não só porque me permitiu um refinamento de práticas metodológicas intrínsecas à disciplina, como também, me permitiu descobrir toda uma nova forma de trabalhar o desenho de forma multidisciplinar. Já não se tratava do desenho fechado em mim mesma, mas antes, o desenho como forma de comunicar cientificamente. A partir daqui surgem os cadernos de campo, os diários gráficos e os livros de artista. Se por um lado os cadernos de campo serviam para preservar as etapas de desenvolvimento e fonte de estudo, os diários gráficos permitiam registar experiências vividas e partilhadas em espaços naturais.
Seguiram-se os livros de artista aglutinadores dessas mesmas experiências, e com eles inúmeros desenhos feitos em Atelier, explorando sobretudo o desenho meditativo.
Licenciada em Artes Plásticas (2004) pela Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha (2004) e especializada em Ilustração Científica e Desenho de Natureza (2013/2015), nos últimos anos tem tido o privilégio de trabalhar com uma equipa vasta de naturalistas, tendo como objetivo máximo a divulgação do Património Natural, bem como a sensibilização para a Educação Ambiental através do desenho de campo e da ilustração científica.
