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ESAD.CR

Cinema Documental

Leonor Noivo

Somos animais, precisamos de retiros.

RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS DO MESTRADO EM ARTES DO SOM E DA IMAGEM_ESAD.CR EM PARCERIA COM A ASSOCIAÇÃO CULTURAL OSSO
2 a 6 de maio de 2023
Instalações da OSSO, na aldeia de S. Gregório, Caldas da Rainha

Assente na ideia de um “novo ciclo”, partimos para uma imersão num universo longe do nosso quotidiano. Desfiamo-nos a mergulhar temporariamente em nós, em cada um, no lugar de suspensão que criaremos em colectivo no espaço da OSSO.
Explorando a ideia de retiro, cada um elaborará, a partir da sua bagagem/experiência passada e da experimentação com os materiais nestes dias (escrita, pesquisa, referências, imagem em movimento) e em cruzamento com o mapeamento físico onde se encontra, uma narrativa biográfica inserida no espaço aqui circunscrito e ao redor. Um movimento simultaneamente virado para interior de cada um e para o exterior do que nos rodeia, que nos permitirá durante os dias de laboratório criar objectos experimentais, de curta duração, que partilharemos no final da residência.

LEONOR NOIVO (1976) cresceu em Macau, onde estudou Fotografia e Música na Escola de Artes Macense. Voltou a Lisboa nos finais dos 90s onde estudou Arquitectura antes de ingressar na Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC), especializando-se em Montagem e Realização em 2004. Mais tarde completou o Curso de Documentários dos Ateliers Varan-cinéma vérité, na Fundação Calouste Gulbenkian.
É co-fundadora da produtora TERRATREME Filmes, colectivo de cineastas criado em 2008, juntamente com João Matos, Luísa Homem, Pedro Pinho, Susana Nobre e Tiago Hespanha, onde tem desenvolvido, a par dos seus filmes, o trabalho como produtora na coordenação e acompanhamento de projectos de ficção e de documentário.
Trabalhou igualmente como anotadora, argumentista e assistente de realização, colaborando com diversos cineastas como João Pedro Rodrigues, João Salaviza, João Botelho, Filipa Reis e João Miller, Marília Rocha, Inês Oliveira, João Nicolau, João Vladimiro, entre outros.
Paralelamente ao cinema, colaborou com vários artistas nas áreas do teatro e da performance, criando conteúdos e vídeo-instalações.
Da sua filmografia destacam-se os primeiros filmes “SALITRE” (vencedor do festival de Ourense em 2006) e “EXCURSÃO” (vencedor português no INDIELISBOA em 2007), e a curta-metragem “SETEMBRO” estreada em LOCARNO em 2016. As suas obras mais recentes fundem os géneros ficção e documentário: “RAPOSA” estreou no FID MARSEILLE em 2019 (menções especiais dos Júris Marseille Esperance e Georges Beauregard) e “MADRUGADA” estreou em ROTERDÃO em 2022, tendo posteriormente recebido vários prémios e nomeações, incluindo a pré-candidatura aos European Film Awards.
Actualmente Leonor está a terminar a produção de um documentário nas Filipinas e a preparar uma longa metragem de ficção a filmar em 2024 entre Lisboa e São Paulo.