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ESAD.CR

In and Around – Design e modos de pensar o projeto.

Sara Silva e Carolina Calheiros

SEMINÁRIO
15 DE ABRIL DE 2024, 14:30H
SALA 10 EP1 – ESAD.CR


Barro de Café por Sara Silva (MA)

O projeto Barro de Café é um “bom” exemplo prático de como repensar o design como disciplina e de como reafirmar o papel dos designers como agentes responsáveis, úteis e empenhados na resolução de problemas comuns a nível local e/ou regional. O projeto baseou-se no conceito de economia circular e numa renovada consciência ambiental, nomeadamente no que respeita à gestão, valorização e reutilização de resíduos provenientes da indústria alimentar e restauração.

O desenvolvimento do projeto envolveu a experimentação da combinação de pastas cerâmicas e  borras de café, para criar materiais com novas características e examinar o seu potencial para novas aplicações funcionais.

Sara Silva é uma designer industrial portuguesa com um mestrado em design de produto pela ESAD.CR. A sua atividade centra-se na conceção de produtos únicos que privilegiam a funcionalidade, a utilização eco-consciente dos recursos naturais e a investigação de novos materiais e técnicas de produção.Estudou na UNIBZ em Bolzano, Itália, onde foi aluna de Francesco Faccin e Secil Ugur Yavuz.Atualmente, é bolseira de investigação do projeto ECP EcoCerâmica e Cristalaria de Portugal, colaborando com empresas como a Sanindusa, a Leerdam Crisal Glass e a Vista Alegre – Ria Stone. A sua atividade centra-se na promoção da sustentabilidade ecológica no sector dos produtos industriais. Além disso, trabalha em projetos pessoais e colabora com outros designers e artistas.Colaborou no desenvolvimento de produtos com o centro de investigação MARE e alguns dos seus projetos fazem parte do arquivo do Future Material Bank da Jan Van Eyck Academie. Isto demonstra a sua abertura a novos horizontes em diferentes áreas criativas.



Fotossíntese: Bio-fotossensibilização aplicada à Cerâmica por Carolina Calheiros (MA)

O projeto ‘Fotossíntese’ foi desenvolvido com base na observação, entendimento e mimetização deste processo natural, tendo como foco a sua fase fotoquímica. Esta adaptação de alguns fenómenos da natureza para o mundo artificial permitiu o desenvolvimento de um processo sustentável, de geração e preservação de imagens em faiança, a partir de inputs naturais – uma ‘emulsão fotossensível’ (extraída de plantas) e a luz do sol. Neste contexto a cerâmica age como material mediador de uma experiência que pretende enfatizar uma relação mais poética e consciente com a natureza.

Carolina Calheiros é licenciada em Design Industrial pela ESAD.CR, onde concluiu o Mestrado em Design de Produto com o projeto “Fotossíntese: Biofotossensibilização aplicada à cerâmica”. Desde então, tem continuado a sua investigação sobre a fotossensibilização de superfícies cerâmicas com pigmentos naturais, participando em residências artísticas e outros projectos.

Atualmente é investigadora do LIDA – Laboratório de Investigação em Design e Artes, no âmbito do projeto “Ecocerâmica e Cristalaria de Portugal” (ECP).