A máquina (fotográfica) de escrever
Amândio Reis
AULAS ABERTAS DE QUESTÕES E DEBATES DO CONTEMPORÂNEO
12 JUNHO DE 2024, 17:30H
SALA 34 DO EP.1 – ESAD.CR
A aula incidirá sobre a escrita e a fotografia enquanto práticas e noções simultaneamente indissociáveis e contrastantes na obra e no pensamento de Hervé Guibert. Tomar-se-á A Imagem Fantasma (L’Image fantôme, 1981) —resposta hipotética a Roland Barthes e A Câmara Clara (La chambre claire, 1980), obra incontornável da teoria fotográfica e dos estudos visuais — como ângulo a partir do qual podem ser analisados o pensamento e o trabalho interartístico de Guibert nos campos da escrita ficcional e autobiográfica, da fotografia e do cinema. Será dada uma atenção especial à forma como a “imagem fantasma” ou o fantasma da imagem, em Guibert e não só, se liga intimamente à escrita e à fotografia, seja como tema e figura em cada uma destas formas de expressão, com contornos distintos, seja como motivo de uma assombração mútua.
Amândio Reis é investigador contratado na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e professor convidado na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Publicou o livro de ensaio Short Stories, Knowledge and the Supernatural (Palgrave, 2022), sobre ficção curta do fim do século xix. Publicou também três livros de poesia na Língua Morta, traduziu A Imagem Fantasma, de Hervé Guibert (BCF, 2023), e é o organizador da obra Contos Completos de Machado de Assis, em quatro volumes (E-Primatur, 2024-2027).