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ESAD.CR

DESCENTRACIDADES – Territórios e Comunidades Criativas

Sílvia Pinto Ferreira (Quarta Parede); Filipa Morgado (Cau-Cortém); Diogo Monteiro (Aldeia Pintada)
Nuno Barbosa (Associação do Bairro da Quinta Grande PER 7); Mauro Wah (Associação de Moradores do PER 11)

CONFERÊNCIA GESTÃO CULTURAL
17 DE DEZEMBRO DE 2024, 17H
AUDITÓRIO DO EP1 – ESAD.CR

O reconhecimento de que as políticas de democratização e descentralização cultural não produziram a efetividade plena dos direitos culturais, nem geraram automaticamente novas dinâmicas culturais nos territórios, deve comprometer-nos definitivamente com políticas culturais fundamentadas no paradigma da democracia cultural, convocando o poder local para elaboração de estratégias e políticas culturais participadas pelas comunidades. Ao nível das infraestruturas constata-se que alguns dos investimentos efetuados não se fizeram acompanhar de outros igualmente indispensáveis para a valorização e mobilização de práticas culturais indutoras da participação de populações menos familiarizadas com as artes e a cultura, e, desse modo, também não contribuíram para alcançar o desígnio democrático do alargamento da base social dos públicos.

PAINEL 1

DIOGO MONTEIRO             

Nasceu em Leiria. É formado em arquitetura mas também encontra lugar entre a ilustração e as artes plásticas onde assina como Tenório. Tem um gosto especial por pintura mural e construção de pequenas instalações que cria na lógica do “do it yourself”. A exploração a partir do “aprender fazendo” tem sido base para projetos de arte participativa com as mais diversas comunidades. É artista residente pelo Plano Nacional das Artes no Agrupamento de Escolas de Marrazes. Faz parte do Coletivo Til, Cofundou a Aldeia Pintada – Associação cultural e é cooperante Paredes-Meias.

ALDEIA PINTADA
É um projeto que surge na Torre da Magueixa, uma aldeia do concelho da Batalha, hoje conhecida apenas por Torre, um lugar singular e com muito para contar. A ideia nasce da vontade de documentar o seu património e usá-lo como estímulo para a criação artística. As histórias, as lendas, os cantares populares e as vivências, recolhidos em diálogo com os habitantes, são a base para intervenções como a pintura de murais, vídeo, música ou a instalação. 
Para além de presentear as pessoas da terra, este projeto pretende também dar a conhecer melhor o lugar ao forasteiro que por ali passa, valorizando a memória e identidade local ou simplesmente trazer cor e vida à aldeia.

FILIPA MORGADO
Filipa Morgado, é arquiteta. Em 2018 torna a sua prática e investigação no desenho e na joalheria uma constante. Em 2019, frequenta o Curso Técnico de Cerâmica Criativa no CENCAL das Caldas da Rainha e monta o seu ateliê. Desenvolve projetos murais e de investigação em residência. Em 2020 cria o projeto de residências artísticas de investigação e criação CAU – Cortém Aldeia Urbana o qual continua a dirigir. Em 2021 funda a Associação Cultural ARTE MUDA e integra a equipa de produção da Trienal de Arquitetura de Lisboa – T2022 – “TERRA”. Atualmente desenvolve o projeto MANIF (residências artísticas em espaços da Justiça), faz consultoria em gestão de projetos culturais em territórios não-urbanos e é artista residente pelo Plano Nacional das Artes.

SÍLVIA PINTO FERREIRA
Sílvia Pinto Ferreira, é atriz e encenadora. Tem-se dedicado a projetos artísticos que privilegiam metodologias de cocriação e a dramaturgia de comunidades e lugares específicos. Licenciada em Estudos Teatrais (UE) e mestre em Teatro e Comunidade (ESTC/IPL). Partilha a direção artística da Quarta Parede com Rui Sena, na qual trabalha também em mediação e programação artística. É autora de artigos publicados no âmbito das artes performativas e práticas artísticas comunitárias.

PAINEL 2

NUNO BARBOSA
Nuno Barbosa (Lisboa, 1988) nascido e criado no Bairro da Quinta Grande na charneca do Lumiar. Animador sociocultural no Instituto para o Desenvolvimento Social. Trabalhou como mediador de ação local na Raízes-associação de apoio à criança e ao jovem, aos 18 anos. Depois na mesma associação num CLDS como monitor. Em 2012 começou a trabalhar como dinamizador comunitário na 5 geração do programa de escolhas. Depois na 6 geração foi técnico de intervenção no projeto Claquete E6G tudo na Quinta Grande. Em 2019 trabalhou como técnico de intervenção no projeto Entreiguais no Casal dos Machados e desde 2019 que é auxiliar de ação educativa numa casa de acolhimento da Santa Casa Misericórdia de Lisboa. Em 2008 foi o presidente e fundador da associação juvenil TDK, que foi a 1 associação juvenil na Alta de Lisboa. Nesta dinamiza a comunidade local em eventos em expressões culturais e musicais. Desde de 2020 dinamiza, juntamente com os jovens da comunidade, o clube de futebol Quinta Grande FC. É fundador e dinamizador da associação Bairro da Quinta Grande.

MAURO WAH
Mauro Wah é o dirigente da associação de moradores Per 11 na Alta de Lisboa, na qual desenvolve um trabalho de apoio à comunidade com maior enfoque na orientação de jovens e crianças de risco.
Nascido a 5 de Julho de 1979 na cidade da Beira, Moçambique, vem para Portugal aos 4 anos, onde passa a viver com a sua avó paterna Maria Aurora Fernandes no bairro da Quinta da Pailepa, antiga freguesia da Charneca, atual Santa Clara, em Lisboa.
Com o realojamento dos bairros, Mauro e a sua família passam a viver no atual bairro do Per 11, no qual ainda mora e desenvolve os seus projetos comunitários, que concilia com o seu trabalho no aeroporto e a vida familiar.
Apaixonado por desporto e entusiasta da vida comunitária, Mauro procura envolver a comunidade em diversas atividades recreativas e educativas e tem como objetivo a inclusão de todos os membros da comunidade.