Projeto “CaSuLO” promove sustentabilidade na Lagoa de Óbidos com participação da ESTM

Projeto “CaSuLO” promove sustentabilidade na Lagoa de Óbidos com participação da ESTM

A Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Politécnico de Leiria (ESTM) integra o novo projeto “CaSuLO – Entre a Exploração e a Conservação de Recursos: Caminhos para a Sustentabilidade na Lagoa de Óbidos”, que visa contribuir para uma gestão mais integrada e sustentável deste ecossistema lagunar, através da articulação entre autoridades públicas, setor científico, comunidades locais e utilizadores do território.

A componente científica do projeto está a cargo do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), através das suas unidades na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (MARE-ULisboa) e na ESTM (MARE-IPLeiria).

O projeto conta com a parceria dos Municípios das Caldas da Rainha e de Óbidos, da APMALO – Associação de Pescadores e Mariscadores da Lagoa de Óbidos, e da Associação PATO. Foi apresentado publicamente no dia 9 de junho, no Centro de Interpretação para a Lagoa de Óbidos, na Foz do Arelho, e dispõe de um orçamento total de 83.477,64 euros, com financiamento de 70% pelo Programa MAR 2030 e cofinanciamento de 30% pelo Município das Caldas da Rainha.

Com término previsto para maio de 2027, o projeto conta com a participação das investigadoras do MARE Teresa Mouga, Maria João Correia e Carla Santos, com reconhecida experiência nas áreas da ecologia marinha, gestão costeira e envolvimento comunitário.

O plano de ação do “CaSuLO” inclui a caracterização das pradarias marinhas da lagoa, o estudo das interações entre conservação e atividade piscatória, a dinamização de fóruns de cooperação entre agentes locais e a construção de instrumentos de governança colaborativa, integrando conhecimento científico, práticas locais e políticas públicas.

De acordo com a investigadora Maria João Correia, o sucesso do projeto dependerá de “um diálogo transparente entre cientistas, utilizadores e autoridades de gestão”. Teresa Mouga defende que “a preservação da Lagoa de Óbidos exige uma visão integrada que articule a proteção da biodiversidade com a continuidade das atividades humanas que dela dependem”. Já Carla Santos destaca o desafio da codecisão, sublinhando que “vencendo esse desafio, o CaSuLO poderá gerar ferramentas de gestão sentidas como resultado do contributo de todos os atores-chave”.

Imagens: Município de Caldas da Rainha