Testemunhos

Leonel Graça

Escola

ESTG

Curso

Bacharelato. Engenharia Mecânica, Moldes e Plásticos
Licenciatura. Engenharia Mecânica
Pós-graduação. Estudos Comunitários

Ano de conclusão

1999; 2000 e 2007

Em 1990, iniciei o Bacharelato de Engenharia Mecânica, Moldes e Plásticos ainda quando a ESTG funcionava no Convento de Santo Estevão, tendo terminado em 1999 já no edifício do Morro do Lena, como trabalhador-estudante. Em 2000, ano em que iniciava também a licenciatura, fui o único Engenheiro entre juristas a fazer a Pós Graduação em Estudos Comunitários. Em 2007, terminei a licenciatura em Engenharia Mecânica, ramo Produção. Terei sido dos alunos com mais matrículas na ESTG, penso ter sido o mais antigo aluno de Mecânica em 2007.

Guardo saudosas e excelentes memórias destes 17 anos de estudante que acompanharam uma fase de emancipação e concretização de projetos pessoais e profissionais. Deste percurso ficam muitas saudades dos projetos desenvolvidos com colegas e docentes. Destaco a tranquila assertividade com que o Dr. Paulo Bártolo lecionava, a paixão e paciência com que o Dr. Carlos Campos escutava e esclarecia as dúvidas teóricas em Matemática e o pragmatismo acutilante da Drª Cidália Macedo. Recordo com entusiasmo um trabalho de grupo efetuado em duas “diretas”, apresentado e obtendo 20 valores com o Dr. Bártolo.

Em 2005, num episódio caricato, a Dra Cidália alertava para a necessidade de acertar na parte teórica de alguns exames, pois como dizia “mesmo que tenham 10 valores na parte prática muitos reprovam por ter zero na parte teórica”, dizia. “E depois há o Leonel, o único aluno desta escola que teve 10 valores na parte teórica e chumbou por ter zero na parte prática!

Profissionalmente, fui Responsável e Gestor de Qualidade no grupo Vangest e LN Moldes. Fui consultor para a segurança contra incêndios em edifícios escolares para um Governo Civil e Secretário para a Proteção Civil no Município de Tomar. Colaborei brevemente com o CDRSP para refrescar os meus conhecimentos de Engenharia, antes de mudar-me para a Noruega e Escócia.

Desde que me mudei para a Escócia em 2015, fundei uma empresa de serviços em Inglaterra para investigação e mitigação das origens de falhas críticas. Trabalho com clientes onde a fiabilidade é imperativa, tais como dispositivos médicos e transportes, por exemplo. Nos últimos seis meses tenho liderado a diminuição de ocorrências nos sistemas de travagem do Metropolitano de Londres, no contexto de um “overhaul” orçado em 20 milhões de euros. Este novembro, inicio um contrato de exclusividade com a Knorr-Bremse UK, líder em sistemas de travões para pesados e ferrovia, assumindo funções como especialista e auditor de qualidade para a Europa em subfornecedores de componentes de materiais poliméricos.

A nível social e na única ligação que mantenho a Portugal, fundei uma organização de defesa de animais, a “SOS Weimaraners Portugal”. Coordeno um grupo de voluntários que promove o resgate e adoção, especializando-se no Braco de Weimar: https://www.facebook.com/groups/sos.weimaraners.pt Anteriormente havia fundado o clube de raça, que promove encontros e outras atividades lúdicas.

Além de me facultar um sólido conjunto de ferramentas de trabalho em Engenharia, o Politécnico de Leiria ofereceu-me um palco onde pude desenvolver experiência enquanto dirigente. Um estabelecimento de ensino não se distingue apenas pelo que nos oferece no domínio cognitivo. Permite-nos desenvolver muitas “soft skills” de comunicação e liderança. Na ESTG, fui cofundador da Associação de Estudantes que dirigi durante 3 anos e cofundei a Semana Académica onde experinciámos frustrações como o cancelamento dos Rádio Macau sem devolução do pagamento, mas também grandes sucessos, como foi o crescimento exponencial do evento. Foi graças a esta alavanca que fundei e dirigi diversas coletividades, ganhando experiências úteis para a minha carreira profissional.

Gostaria que a Rede IPLeiri@lumni ajudasse a coordenar os convívios de antigos estudantes. O meu curso promove recentemente um jantar anual, mas sinto falta de reencontrar as centenas de colegas de outros anos e cursos, com que convivi. Poderia ainda facultar a ligação para que os antigos estudantes partilhassem experiências com a Academia, à semelhança dos convites que recebi da ESTM onde fui orador em diversos seminários. Aí falei da minha experiência de trabalho na Escandinávia e numa outra ocasião de gestão da qualidade.