Guilherme Ferreira
Olá, o meu nome é Guilherme Ferreira e frequentei a licenciatura em Gestão (pós-laboral) na ESTG. Iniciei-a em 2010 e terminei em 2013.
O meu tempo de estudante no Politécnico de Leiria foi o melhor que já vivenciei, tendo em consideração que também já tinha feito uma Licenciatura em Coimbra e, depois do Politécnico de Leiria, realizei um Mestrado no ISCTE (Lisboa). O ambiente que se vive entre pessoas que, pelos mais diversos motivos, frequentam uma licenciatura pós-laboral é de uma enorme entreajuda e espírito de partilha. Estudar, trabalhar e, em muitos casos, conciliar ainda uma vida familiar é um desafio que exige um extraordinário esforço, organização e necessidade de camaradagem. Creio que os serviços do Politécnico de Leiria estão muito bem adaptados a este desafio e o corpo docente possui uma filosofia distinta de proximidade aos alunos, que consegue aliar todo o apoio com um nível de exigência do mais elevado que já vi.
A minha maior motivação ao realizar a Licenciatura em Gestão na ESTG foi a de mudar de carreira profissional para a área económica. Neste sentido, necessitava de finalizar o ciclo com um mestrado mais teórico. Fiz, então, o Mestrado em Economia Monetária e Financeira no ISCTE, onde senti que trazia uma preparação bastante boa de Leiria. Ainda durante este mestrado ingressei no Instituto Nacional de Estatística, em Lisboa, como Técnico Superior Especialista em Estatística. É uma instituição maravilhosa, na qual tive oportunidade de aprender imenso e aplicar muitas das ferramentas que havia trazido do Politécnico de Leiria. Por exemplo, uma das disciplinas mais difíceis em Gestão era TAD (Técnicas de Apoio à Decisão) e onde, frequentemente, ouvi alunos questionar porque haveríamos de aprender matérias tão difíceis e sem aplicação prática. Pois bem, uma das técnicas de interpolação linear ajudou-me a criar uma solução completamente inovadora e muito útil para o meu serviço, na estimação de erros padrão nas respostas a alguns inquéritos.
Bem, atualmente, estou a viver o maior desafio profissional da minha vida, já que estou a trabalhar no Banco Central Europeu, num projeto de desenvolvimento estatístico. Basicamente, o projeto faz parte de uma grande iniciativa mundial que é a de passarmos a conhecer a distribuição da riqueza numa dada economia, através das Contas Nacionais. Está no epicentro do debate que temos visto surgir sobre qual a proporção de riqueza que, numa economia, os mais ricos possuem relativamente aos mais pobres. Este debate tem sido muito promovido por economistas como T. Piketty ou J. Stiglitz e tem sido incorporado nas principais agendas de debate económico. Do ponto de vista intelectual tem sido extraordinário e do ponto de vista pessoal, também, já que as condições de trabalho são muito boas e Frankfurt é uma cidade muito confortável para se viver.
Ainda sobre o Politécnico de Leiria, destaco o nível elevado do seu corpo docente, a flexibilidade dos serviços, a disponibilidade das Escolas e bibliotecas em horários alargados, etc.
Desta Rede espero que possa servir como elemento de identificação para futuros e atuais estudantes pois, mais do que conselhos, as pessoas precisam de exemplos sobre o que fazer para conquistar uma vida pessoal e profissional que valha a pena ser vivida.
Como sugestão para o seu desenvolvimento, creio que a existência de eventos que juntem antigos e atuais estudantes será sempre uma ferramenta útil para fortalecer a comunidade e a Instituição. Casos de sucesso, mas também exemplos de fracassos, de tentativas, de lições aprendidas por tantas pessoas neste mundo.