III Encontro de Internacionalização de Empresas (PPIN)

Presidente do COMPETE discursou na Abertura do III Encontro de Internacionalização de Empresas

Portugal Precisa de Aumentar as suas Exportações e a Relação entre Instituições de Saber e Empresas

Organizado pelo Politécnico de Leiria, o III Encontro de Internacionalização de Empresas (PPIN), realizou-se a 2 e 3 de maio, na Associação Empresarial da Região de Leiria (NERLEI).

«Ao nível das exportações, Portugal enfrenta atualmente um desafio de quantidade, pois precisamos claramente de trazer mais empresas para este “jogo” da exportação. Em relação às empresas que já estão neste “jogo”, é necessário incentivarmos aquelas que podem crescer ainda mais no seu volume de negócios para exportação», afirmou o presidente do COMPETE, na abertura do Encontro, onde Nuno Mangas defendeu que a relação entre as instituições/centros de saber e as empresas é «fundamental» para Portugal aumentar os seus níveis de exportação.

«Numa década, no que toca ao peso das exportações no PIB, o país aumentou de cerca de 28% para 44%. É uma evolução claramente positiva, no entanto, não podemos dar-nos por satisfeitos com os resultados alcançados. Em primeiro lugar, estamos abaixo da média dos países da União Europeia, sendo que o objetivo não deve ser alcançar a média, mas sim valores acima», referiu Nuno Mangas, salientando ainda que «apenas 10% das empresas nacionais exporta. Em cada 10 empresas, apenas uma exporta, o que significa que temos um campo de progresso muito significativo».

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Além do desafio quantitativo, Portugal enfrenta ainda um desafio qualitativo, considerando que se verifica «muita exportação de valores e serviços com baixa intensidade de conhecimento e tecnologia». «Precisamos de mais produtos e serviços com maior conhecimento, mais diferenciação e mais tecnologia. Precisamos de dar maior valor e conteúdo aos produtos que exportamos», referiu Nuno Mangas, salientando a importância dos Encontros de Internacionalização de Empresas (PPIN), um projeto colaborativo que tem como objetivos reforçar a internacionalização do Ensino Superior Politécnico Português e dar continuidade à aproximação entre o mesmo e o meio empresarial, apoiando-o na sua internacionalização.

A abertura do Encontro contou igualmente com a intervenção do presidente do Politécnico de Leiria, que começou por destacar os «tempos complexos vividos atualmente do ponto de vista global», cujos desafios só podem ser ultrapassados «com mais e melhor investimento no ensino superior, na ciência, na articulação entre as instituições de ensino superior e nos territórios». «É disso que se trata quando falamos de internacionalização no ensino superior, com impacto direto nas regiões e nos contextos nacionais e globais», referiu Rui Pedrosa.

«O projeto PPIN encaixa totalmente na visão do Politécnico de Leiria. Em primeiro lugar, porque somos cada vez mais uma instituição de ensino superior global, multicultural, aberta, sem muros e virada para o mundo, mas com foco no desenvolvimento regional. Em segundo lugar, porque acreditamos muito fortemente que o nosso país, em particular esta região, só vai ter a capacidade de ser mais competitiva e de acrescentar valor nas suas cadeias produtivas, se investir cada vez mais no conhecimento, na inovação e na investigação», destacou o presidente.