Testemunhos

Acácio Duarte

Escola

ESECS

Curso

Formação Especializada. Educação Especial
ESEL atual ESECS

Curso

Licenciatura. Professores do Ensino Básico

Ano de conclusão

2002 e 2010

Chamo-me Acácio Duarte e frequentei a ESEL (agora ESECS) entre 1997 e 2002, onde concluí o curso de Professores do Ensino Básico, Variante de Educação Musical. Em 2010, frequentei também na ESECS, o curso de Formação Especializada em Educação Especial no Domínio Cognitivo-Motor.

Do meu tempo de estudante na ESEL guardo magníficas memórias, pois foi nesse período que iniciei amizades que passados 20 anos se mantêm. Recordo com saudade as tardes no antigo Magistério Primário (na altura as aulas decorriam na ESEL e no Magistério), onde tinha as aulas de música (teoria, piano, flauta e canto). Era por lá que também mantinha algo que me dava muito mais prazer do que propriamente estudar: a sala de ensaio da Tum’Acanénica (saudades da Linda Leiria, Senhoria, DSó poe amor, Celtibera… e histórias que nem 10 páginas chegavam para as descrever). Nesta mesma altura frequentava também o Orfeão de Leiria e fazia serviços como clarinetista em algumas filarmónicas da região.

O fraco interesse inicial pelo curso e pelas disciplinas que não eram de música, foi alterando e com a ajuda de professores e colegas foi surgindo uma paixão pelo ensino. Aquilo que, ao princípio, me parecia pouco viável, passou a ser evidente: vou ser professor de Educação Musical e do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Algo que aconteceu logo em 2002.

Terminado o curso em 2002, no início de outubro obtenho a primeira colocação. Calhou-me em sorte, Almada (Educação Musical – E.M.). Depois foi sempre a correr o país e não só… como é norma na profissão que escolhi – 2003 – Azambuja (E.M.), 2004 – Pombal (E.M.). Em 2005 – E.B 1 Quatro Caminhos – Figueira da Foz e aí deu-se a minha primeira provação no ensino. Devido à diminuição da carga lectiva na disciplina de Música no Ensino Básico, obtive colocação pela primeira vez no 1.º ciclo. Que forma melhor de começar este nível de ensino do que ser colocado numa escola de lugar único e ter 18 alunos dos quatro anos de escolaridade? Foi um ano difícil (era professor, porteiro, lenhador, responsável único daquele edifício), várias vezes me questionei se seria isso mesmo que queria, mas no final do ano letivo tinha a certeza, que a partir daquele ano o 1.º ciclo seria o meu grupo de preferência e não o trocaria por nada. Em 2006 – Vila Nova de Paiva (E.M.), 2007 – Barreiro (E.M.), 2008 – Leiria (E.B. 1 Colmeias e E.B. 1 de Maceira – 1.º CEB), 2009 – Pombal (1.º CEB), 2010 – Leiria (1.º CEB). Após terminar a Especialização em Educação Especial, abracei um novo grupo de recrutamento – 910 Educação Especial (E.E.) e passou a ser a minha paixão no ensino, a área onde me sinto mais realizado. Em 2011 e 2012 – Rio Maior (E.E.), 2013 – Manique do Intendente (E.E.), 2014 – Carregado e Pombal (E.E.). Pelo meio ia trabalhando em Centros de Intervenção Psicopedagógica, Centros de Explicações, como formador – Ensino de Adultos com deficiência – Competências Básica de Leitura e Escrita (CEERIA – Alcobaça), atividades de enriquecimento curricular (AEC’s) e, sempre que possível, marcava presença na Banda Filarmónica de Freixo de Numão.

Em 2015 – Timor-Leste (1.º CEB e Música), resolvi abraçar um grupo de ensino que me faltava – O Ensino no Estrangeiro. Concorri para o Projeto – Centro de Aprendizagem e  Formação Escolar de Timor-Leste, fui selecionado e daí a aceitar foi um ápice… Desde Setembro de 2015 que trabalho como Agente de Cooperação em Timor-Leste no PCAFE (Projeto bilateral entre o MEC Portugal – ME Timor-Leste) e tem sido um interessante desafio, trabalhar com alunos, docentes e comunidade onde a Língua Portuguesa é uma das línguas oficiais, mas a grande maioria não a domina. Viver numa cultura e hábitos diferentes nem sempre é fácil, mas o trabalho com os alunos tudo compensa. Este ano continuarei por Timor-Leste e no próximo ano logo se vê. De salientar que todo este percurso tem sido realizado como docente contratado, pelo que a instabilidade continua após 15 anos no ensino.

A nível profissional, o Politécnico de Leiria permitiu-me adquirir conhecimentos e conceitos, que me foram muito úteis, nas escolas onde lecionei tanto em Portugal como em Timor-Leste.

A Rede IPLeir@lumni surge como uma oportunidade única de partilha de histórias de vida, revelando-se como um centro de união e reencontro com o Politécnico de Leiria. É de louvar esta iniciativa que prova que o Politécnico de Leiria está vivo e se prolonga pela vida de todos os que lá estudaram!