Paola Possenatto
Sou a Paola Possenatto, sou brasileira e tenho 24 anos. Durante os meses de setembro de 2018 a fevereiro de 2019, frequentei, na ESECS, o curso de Comunicação e Media.
No Brasil, iniciei em 2015 o curso de Jornalismo na Universidade do Vale do Taquari – Univates, localizada em Lajeado, no Rio Grande do Sul. A oportunidade de realizar um intercâmbio académico sempre me deu brilho aos olhos e saltos ao coração. Depois de três anos dentro da academia, senti-me preparada para encarar um novo país, uma nova cultura, novas pessoas e uma nova forma de aprender. Dentro das opções, pela familiaridade da língua, Portugal foi uma escolha fácil. Decidido o país, era hora de decidir a universidade. Após inúmeras pesquisas e conversas com amigos que já tinham vivenciado um intercâmbio, o Politécnico de Leiria surgiu como uma promessa de ensino de qualidade, numa cidade que me proporcionaria tranquilidade, bem estar e lazer.
Saí do Brasil com a cabeça aberta, disposta a aprender, a trocar experiências e a “viver tudo o que há para viver”. Hoje, após três anos da experiência do intercâmbio, posso dizer que foi a maior e melhor escolha que já fiz na minha vida. O Politécnico de Leiria apresentou-me novos colegas (aliás, alguns viraram amigos), novos professores, novas formas de comunicar e, principalmente, novas formas de enxergar e tratar o mundo. Nunca pensei dentro da caixa. Mas o Politécnico de Leiria fez-me pensar fora, ao lado, embaixo e em cima da caixa. Fez-me reescrever sonhos e olhar com carinho para novos rumos e oportunidades. Não vou dizer que tudo foi flores porque não foi. No início, a adaptação custa, magoa e pode ser pesada. O fuso horário, a diferença linguística (sim, apesar de falarmos a mesma língua comunicamo-nos de forma totalmente diferentes, com palavras, significados e sotaques diferentes), a alimentação, o clima, as formas de tratamento etc., são grandes desafios. Por vezes perguntei-me: “o que eu estou a fazer aqui?”. Mas o intercâmbio é para isso: viver, desafiar-se, acertar e errar, rir e chorar. No final, tudo vale a pena. E para mim, nem foi preciso chegar no final para saber que tudo valeria muito a pena. A adaptação foi rápida e as poucas dúvidas que existiam logo deram lugar para as certezas. E é essa a beleza de se permitir. Você descobre que é perfeitamente capaz de seguir suas paixões e vencer qualquer obstáculo.
Em relação ao curso de Comunicação e Media, foi um grande contribuinte para a minha formação enquanto jornalista e comunicadora social. Pude explorar novas competências, compreender novas dinâmicas e desenvolver novas habilidades. A união da teoria com a prática faz do curso uma vitrine do mercado de trabalho e do que o futuro espera de um profissional da comunicação.
Quando retornei ao Brasil, dei seguimento a minha graduação em Jornalismo e iniciei um curso de Radialista também na Univates. Finalizei o curso no final do ano de 2019. Sou radialista formada de acordo com a legislação vigente. Ainda em 2019, trabalhei numa redação jornalística como redatora, repórter e fotojornalista. Já no ano de 2020, juntamente com o amigo Jorge Vaz Dias, criei o projeto “Filmes-Poéticos ao domingo”. Foram vinte domingos compartilhando arte por meio de imagens, vozes, canções e poemas. O resultado pode ser conferido na página do Jorge, Livre No Vento Das Palavras, disponível no Instagram e no Facebook. Ao final de 2020 terminei minha graduação e, agora, estou à espera do meu diploma. Em razão da pandemia que o mundo enfrenta, as solenidades da graduação foram adiadas. Atualmente, faço pós-graduação em Marketing Digital na Faculdade Dom Alberto, localizada em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul.
Ainda este ano pretendo iniciar um projeto de podcast. A ideia ainda é pequenina e, portanto, não posso passar mais informações. Entretanto, o resultado poderá ser conferido nas minhas redes sociais, no meu canal no Youtube e na minha conta no Spotify. Curiosos, procurem por Paola Possenatto. E se não for confessar demais, pretendo também iniciar um mestrado. Quem sabe retorno ao Politécnico de Leiria?!?
Voltando a falar no Politécnico de Leiria, foi lá que me redescobri como pessoa e como profissional. Sagitariana com ascendente em peixes, vivo buscando caminhos ensolarados e o sentido da existência. Através do dia a dia dentro do Instituto, pude saber bem de mim e oferecer o mais bonito. Eu descobri uma nova Paola. Uma Paola que sempre existiu mas que precisava de um incentivo para florescer. Ressignifiquei-me. Cresci. Abri os olhos e o coração. O Politécnico de Leiria permitiu-me conhecer um Portugal que, além da familiaridade da língua, é lindo de pessoas, belezas naturais, história, tradição, cultura, culinária, segurança e simplicidade. Saí do Brasil com boas expectativas sim, mas retornei com vontade de ficar. Portugal faz isso connosco. Encanta-nos, apaixona-nos, acolhe-nos e conforta-nos. E por fim, mas principalmente: aprendi que todo dia a nós temos mil oportunidades de viver mais, aprender mais e amar mais, é só arriscar. Sobre a Rede Alumni do Politécnico de Leiria, confesso que descobri recentemente. Adorei os espaços disponíveis, as partilhas de informações e testemunhos e os benefícios que são oferecidos. Como sugestão, sugiro mais divulgação de cursos, oficinas, palestras e ciclos organizados pelo Politécnico de Leiria, a fim de que os antigos estudantes possam continuar conectados com o Instituto e ampliar os seus conhecimentos e conexões. Visando ainda o alargamento da Rede, organizar encontros anuais com antigos estudantes e, também, criar mais formas de comunicar em que experiências possam ser trocadas e novas pessoas possam ser instigadas a ingressarem no Politécnico de Leiria.